Observei-a dançar, uma palavra em mente, louca.
Não havia outra explicação, ela dançava como se não houvesse ninguém
além dela no ambiente, por outro lado, parecia tão livre.
Palavras e pessoas não estavam na minha mente, não havia nada, isso me
libertava de todas os possíveis enganos, ergui meus braços e fiz gestos,
não deixei de dançar. Não, eu não sei dançar, mas aquela música, era como
se ela me dissesse 'você pode fazer isso'. Então lá estava, dançando sem
me importar com o restante. Havia alguém me observando, havia um homem.
Enquanto tentava traçar hipóteses e teorias para aquela dançarina
tive uma surpresa. Ela chegou até mim, me sorriu, me chamou para dançar
também. "Não, não, eu não danço", ela me respondeu rapidamente, "eu
também não", sorriu.
Chamei-o para dançar, não levou muito tempo para que ele entrasse à aquele
momento, era como se tudo tivesse parado e só restasse a música. Dançamos
com nossos passos improvisados, expressão, dança de expressão, deixamos
nossas almas livres.
Louca. Essa palavra já não estava mais em minha mente, se aquela dançarina
era louca, eu adoraria provar da loucura. Talvez os loucos sejam aqueles
que se julgam normais.
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