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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Às vezes…

Às vezes eu me pego me apegando em uma ilusão. Às vezes eu me pego me apegando em um mundo de ilusões. A ilusão é doce, doce como nuvens e mais nuvens de algodão doce, a ilusão é atraente, mais atraente do que a realidade enfrentada dia após dia aqui neste lugar.
E onde nada se acha, onde nada se perde, a ilusão é o prêmio cruel para aqueles que perdem no jogo da vida. Porque não há nada melhor do que sonhar com algo que realmente queremos e sabemos que está longe, quase inalcansável.
A ilusão me agrada, porque nada é melhor do que imaginar você aqui ao meu lado, me fazendo juras de amor, acariciando minha face e proferindo aquelas palavras doces, ‘eu te amo’. Aquelas que eu só quero ouvir de você. Aquelas que me fazer ainda acreditar em ilusões e sonhos.
Porque sem você por aqui, nada faz mais sentido, e o real chega a ser tão sórdido, tão irrisório e triste que eu não posso suportar. Eu te quero, e o escape para tal realidade fria, é a ilusão de te ter por perto dia após dia, noite após noite.
Porque eu preciso de você, eu quero você. Porque eu te amo, eu te desejo.
Camilla de Oliveira

Aquelas que me fizeram acreditar

acreditar Não é como se eu estivesse sendo abandonada por todas as minhas esperanças, é? Tem como algo te abandonar, e todo o resto fazer o mesmo, como em um efeito dominó?
Tem como ser mais triste do que uma alma perdida na solidão desse mundo cruel e injusto? Ser mais triste que um doente em seus ultimos suspiros? Que alguém que lutou por uma vida toda e viu seu legado escorrer-lhe por entre os vãos de seus dedos como a água que a chuva traz?
Tem como ser tão pretencioso e audacioso quando um bom jogador? Ser cauteloso, triste, pretencioso, isso não é nada diante de como me encontro agora.
Eu olho para algum lugar, e encontro algo? Não, porque não há mais nada para se encontrar, não há mais histórias, músicas, fotografias, não há mais aquelas estrelas que me fizeram acreditar em todas as coisas que eu fiz.
Camilla de Oliveira