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domingo, 22 de maio de 2011

Sobre erros…

Errei demais.

Não contente ignorei tudo isso e fingi estar alheia a ausência de acertos.

Pensei que estava tudo bem...

Mas… quando menos esperava recebi uma carta,

Me cobrando cada minuto que passei tentando esquecer, cada tentativa de fuga.

Só mais uma dívida incalculável que levarei muito tempo para pagar.

Por ora

Vou tentar ser verdadeira em cada uma das minhas palavras. Há muito preciso dize-lo, mas talvez por falta de coragem, talvez por medo… Talvez por ‘n’ motivos ainda não o fiz. Às vezes ignoramos tanto as coisas, acabamos esquecendo até o momento em que elas assumem uma forma diferente, até que adquiram um tamanho maior, uma importância.

Sinto que tudo tem sido assim por muito tempo, nem ao menos me recordo desde quando as coisas deixaram de ser simples. Realmente, as coisas deixaram de ser como deveriam há muito tempo. E o que resta hoje? Bom, há várias respostas, você pode até me chamar de pessimista, mas a minha, talvez permanente, é que não resta nada mais além de problemas a serem resolvidos.

Se eu fico procurando problemas, se eu fico procurando sentimentos falsos? Talvez… Não digo sim ou não, pois sei que sou terrivelmente atraída pelas situações, pelo descontentamento, pela insatisfação. Insatisfação essa que me leva a crer que nada está certo, nem estará…

Você diz que eu tenho medo, que não sei ser livre. Diz que, apesar de ser quem sou, sinto-me como outra.

Não diga tais coisas como se me conhecesse, não há nada a ser afirmado, negado ou contestado sobre a minha pessoa, como alguém poderia me conhecer antes que eu mesma o faça? Uma palavra; Impossível.

Você diz que eu preciso deixar tudo de lado, preciso pensar mais nisso e não naquilo, você me julga tola, acha que esses pensamentos que rondam minha mente precisam ser alterados, esquecidos. Você diz muitas coisas… Mas quando peço explicações, volta atrás, gagueja, não sabe o que dizer.

Não acredito que seja certo seguir seus passos quando nem ao menos você consegue definir seu caminho.

Quem é certo? Quem é errado? Há culpa em sentir demais? Há vitória em não sentir?

É hora do adeus, já levamos isso longe demais. Contudo… Ainda assim… Tudo o que posso dizer é “até logo”.

Por ora.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Confidencia

Gostaria de dizer… As palavras que aqui escrevo, por horas demasiadas, por horas escassas, ficam como ditas. Nada aqui escrito deverá ser usado contra mim, tudo foi dito, pelo bem e pelo mal, tudo está aqui… Registrado, confidenciado, marcado.

Todas aquelas palavras que por muitas vezes evitei, sublinhei, destaquei, ficam aqui colocadas com sutileza como uma grande obra.

Posso facilmente utilizar-me de exemplos, não me faltam exemplos, talvez faltem palavras, mas exemplos… Tenho aos montes.

Não agi com descaso, não faria tamanha desfeita com uma arte, com algo tão significativo quanto a construção de orações…

Acredito que meu cuidado com as palavras seja quase equivalente às escolhas de cores feitas por artistas renascentistas… Talvez não, não posso afirmar, de qualquer forma, qualquer um deles era, muito provavelmente, muito mais cuidadoso que esta que lhe escreve.

De fato, deixei escapar muitos pequenos detalhes, faltou acabamento, faltou aprimoramento. Não me arrependo.

Tudo que aqui escrevo fica como dito, não pode ser usado contra mim. Tudo aqui escrito não se foi, ainda está aqui, ainda está em mim.

As palavras podem assumir um tamanho assustador quando são ditas, ganham os céus, ganham os mundos, mas engana-se aquele que acredita que elas se percam no caminho. Não, palavras não se perdem, palavras constroem mundos, realidade e ilusão.

Cabe a elas uma tarefa que não pode ser feita por nenhum outro elemento, pertence a elas um poder inimaginável, sem cabimento, sem vergonha.

Tão difícil perceber assim? Tão maldoso perceber que elas lhe usam?

Você se engana ao acreditar que é dono de si próprio.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Livre

A consequência é o veneno da liberdade.

Incondicionalmente

Estarei aqui quando todo o mundo se esquecer… Prometo não ir embora, eu juro, estarei sempre aqui… Para você.

Quando as coisas parecerem perdidas, como se o vento as tivesse levado para longe, lhe ajudarei a procura-las.

Se as palavras se perderem, se você desistir, se não conseguir se levantar…

Estenderei uma mão para que se levante. Cairei com você se necessário.

É isso o que temos, sempre será.

Uma a outra, eu tenho você e você sempre terá a mim, porque sou uma parte do que você é e o inverso é mais verdadeiro que qualquer verdade, física ou matemática, já equacionada.

Somos uma, uma vida, uma existência, algo que nada poderá mudar.

Eu trarei estrelas para você, trarei o sol, a lua…

O que for preciso, pois, quando eu, por um capricho, pedi o mundo…

Você embrulhou-o para presente e me deu como se isso pudesse ser algo muito simples.

Estou aqui por você, sempre estarei…

Nossos laços não serão desfeitos, mesmo que…

Mesmo que o tempo acabe, que os dias e as noites cheguem ao fim…

Não tem começo, não tem meio, não tem fim…

É assim…

Incondicional.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Memória

Sinto como se estivesse presa num passado, o qual não me lembro ter vivenciado. Talvez a culpa seja só minha, talvez seja melhor culpar minha péssima memória. Lembranças reais têm, facilmente, se misturado com lembranças inventadas, já não consigo separá-las, distingui-las umas das outras, é como se todas fizessem parte de um capítulo da minha história.

E não fazem? E que história é essa?

Não se empolgue, minha história não passa de monotonia… Eu certamente não a leria se não fosse minha, obviamente…

Amores fantásticos, aventuras épicas, poesia, dores, palavras, nada disso, será?

Será que em algum ponto tive mesmo tudo e deixei esvair-se por entre os dedos?

Como saber? Deixo-me enganar pela mentira.

Não é como se alguém estivesse escrevendo minha história além de mim, estão todos alheios a ela, não importa, é indiferente… Tudo aquilo que for vivido ou não, foi e não mais será.

Foi, não mais será.

Não mais será.

Será?

Acometer-se

Fui acometida por uma tristeza,

sem tamanho,

sem razão,

sem fim.

domingo, 1 de maio de 2011

Conselho

Eu quero que você pegue todas aquelas suas fraquezas e as jogue fora,

Quero que você seja forte, que lide com tudo isso como deve ser.

Erga a cabeça, não se abale.

Aqueles que te magoam não merecem qualquer sentimento seu.

Aprenda que, por mais difícil que seja, as pessoas são passageiras,

E não há nada que você possa fazer para evitar a partida delas.

Eu quero que você aprenda a confiar em você,

Quero que você supere o que foi deixado pra trás.

Livre-se das suas fraquezas, elas não te levarão a lugar algum.

Lembre-se que estarei aqui por você,

Com carinho,

A.

Esquecer

Talvez… Se pudesses voar, se pudesses alcançar teus sonhos.

Quem sabe desapareceria.

Não se sabe. Se hoje o que te tornas quem tu és está perdido em algum lugar é porque tu se perdestes em algum ponto. Pode ser que aches o que procura, pode ser que sim, pode ser que não.

Incerto.

Talvez, se pudesses esquecer para te tornares mais leve, mas tu não esquece. Tu continuas a correr em busca de coisas deixadas lá atrás, coisas que deveriam ser esquecidas há muito.

Tu não esquece, não sonha, tu te alimentas do passado.