Páginas

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A fuga da lembrança

Num dia você acorda, posiciona suas mãos diante do seu rosto, palmas, costas, repetidamente... Não consegue acreditar naquilo que vê. Você desperta para a realidade. Observa a imagem no espelho descabelada, olhos inchados, sono. Numa tentativa desesperada tenta apegar-se ao último suspiro do sonho que tinha, deita, fecha os olhos com força. pensa, lembra, simula. Volte a sonhar, volte a sonhar. O tempo passa por volta de cinco, dez minutos você abre os olhos novamente, sabendo o que te aguarda. De nada adiantaram os minutinhos de sono não recuperados, mas nem por isso você deixa de tentar dia após dia. O sonho fica então distante, tão distante, quase impossível tentar relembrar aqueles traços, aquelas vozes.
A hora de acordar nem sempre é agradável.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Presença

Baixei minhas guardas há muito tempo,

Eu estou aqui, você não vê?

Mesmo quando você acreditou ter se livrado de mim, sempre estive aqui.

Eu só… Deixei de lutar contra o inevitável, por que raios eu faria isso?

Por você.

Não sou sozinha, nem você o é. Nunca será.

Eu estou aqui, você não escuta?

Minha voz é fraca, você não me escuta como antigamente…

Qual o problema em ouvir?

Juro que não vou me opor, não dessa vez.

Eu estou aqui, eu estou aqui, eu estou aqui…

Você não sente?