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sábado, 23 de abril de 2011

Despropósito: Wicker Chair – Kings of Leon

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Ela não era qualquer uma, entenda, caro leitor, ela era adorável, no entanto, tinha alguns problemas em aceitar o que a vida havia lhe imposto.

Detestava imposições, detestava uma porção de coisas.

Talvez houvesse uma razão, talvez fosse por causa da busca por ilusões. Ela não se cansava de correr atrás de ilusões e todas elas, quando transformadas em desilusões, entravam para a lista de lembranças amargas.

Pobre garota, pobre sonhadora.

Detestava a condição a que estava submetida, detestava uma porção de coisas.

Ela adorava outra porção de coisas também, o silêncio, a chuva, as palavras.

Tinha medo de pessoas, medo da inconstância a qual elas estavam submetidas, inconstâncias circunstanciais, como pessoa… Ela sabia que também era atingida por este mesmo mal, nunca se perdoaria por algo que não era exatamente sua culpa, inconstância.

Quando se cansava da sua essência, dos gostos e desgostos...

Repetia em silêncio: “Pura perda de tempo! Que despropósito!”.

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