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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A crueldade em palavras


Minhas palavras são cruéis, desesperadoras, como o inverno severo em cada uma das ruas dessa cidade. Continuo escrevendo com a fúria que me resta.
Elas são cruéis, mas eu as quero tanto. Eu as quero mais do que qualquer outra coisa. Oh, elas são amargas, sim, elas são, mas o gosto levemente adocicado no fim da amargura não me desagrada, pelo contrário, me prende, me alucina.
Eu lhe quero, eu lhe quero tanto. Isso é realmente péssimo, posso sentir isso, nas diferenças gritantes entre nós, posso sentir isso na indiferença das palavras, cruéis, desesperadores, como as pessoas lá fora.
Minhas palavras são carregadas, carregadas de você, cheias de ódio e amor, fúria, som, melancolia, não esquecendo, é claro, a ilusão. Minhas palavras são isso.
São você, são esta que sofre, sofre desesperadamente, mas que não abandona a causa da sua dor. Eu quero você, eu lhe quero tanto, isso é terrivelmente doloroso, e doce.
O ar pesa, as palavras são cruéis, sou o que sou, você é você, o que mais eu poderia esperar disso tudo? O que mais eu poderia pedir nessa vida insana e amarga?

A. France

domingo, 6 de dezembro de 2009

Só umas palavras que vieram hoje

Não é como se eu estivesse procurando desculpas para os meus erros, é mais algo como 'o que eu faço agora?'.
Eu adimito não saber para onde ir,
eu só espero, espero a noite ir embora com os meus medos e minhas lamentações.
Passo meus dias imaginando como teria sido,
Se todos os meus sonhos tivesse se concretizado,
Se você ainda estivesse aqui, 
tudo o que eu queria era poder te abraçar.
Se eu pudesse ser quem você esperava, se eu pudesse ser a dona das suas palavras,
dona dos seus sentimentos...
Eu só agradeceria a cada dia do seu lado,
só diria o quanto eu esperei por te ter do meu lado.
Se eu pudesse apenas... Ser quem você esperava.

pelo visto voltei pras palavras melancólicas, estou num bom caminho logo as palavras voltam em sua totalidade... enquanto isso um texto antigo que eu escrevi, texto não, só algumas linhas quaisquer... Antigas, tipo anos luz atrás..

E então, lendo aquelas palavras, eu desejei, desejei por um segundo não ser eu. Desejei ser o objeto de tanto afeto, porque o que eu mais queria naquele momento era ser a causa dos teus pensamentos mais íntimos, ser a causa dos teus desejos, das tuas palavras.

Diante de tudo o que me resta, digo, quase nada, eu me coloco nesta posição frágil, nesta submissão de amar, e não ser amada. Não deixo de amar, pois dizer que deixei de amar é uma dor mil vezes pior que amar e não ser amada.

Só pra nao ficar sem postar nada muito tempo, detesto ficar sem postar. ;*
Até o próximo surto de inspiração ;*