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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Ninguém, sou eu.

Sinto como se eu estivesse no meio de uma tempestade,
a água da chuva molha minha face,
meus olhos cansados enchem-se de lágrimas.
Se eu ao menos soubesse para onde ir,
Se ao menos houvesse uma saída.
E tudo me cerca, tudo me empurra diretamente para o olho de um furacão.
Um furacão de palavras e sentimentos que eu não consigo decifrar,
Eu já não enchergo as palavras,
não as vejo com tanta nitidez,
esse é o meu pior castigo, não saber onde achar aquilo que me constrói.
Me torno alguém que não sou,
alguem mudo, sem voz, sem palavras.
Alguém sem palavras não é ninguém.
Eu não sou ninguém e ninguém sou eu.
Me resta algo?
Nada.
Não me resta nada.

Camilla de Oliveira - Dezoito de Novembro de 2009

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