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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Nomes

Quando acontece…

Ah! Triste é o tormento, mesmo que feliz, dos apaixonados! O amar, o desamar e, novamente, amar! Se houvesse solução deixaria de ser prazeroso. Toda a dificuldade, obstáculos, amontoado de coisas que surgem e desaparecem aos olhos de quem ama como que num piscar.

Posso piscar enquanto olho pra você? É sempre como perder um mínimo segundo seu… Um segundo em que se encontram atos singelos, sinais de reciprocidade… Prefiro não piscar, não respirar, não desviar a atenção!

Se pudesse deixaria de fazê-los sempre que estivesse ao seu lado!

Olhar pra você, ora a distância, ora de perto… e imaginar tudo o que se passa na sua cabeça, seus segredos, suas vontades. Injusto! Não existe medida que torne possível quantificar o quanto é injusto não saber tudo o que se passa em seus pensamentos.

E é justo que você tenha me pego de surpresa desse modo?

Justo. Sim, justo! Por mais que lute, relute e, novamente, lute… Haverá ainda você e tudo o que sinto com relação a isso. Sentimentos que me levam longe, muito longe do que jamais ousei ir. Sem medo, sem receio, eles são substituídos por um sentimento de proteção.

Amor, apreço, paixão, confiança. Qualquer substantivo que eu use para nomear não nomeará corretamente.

Uma vez nomeado deixa de ser infinito, para sempre…

E ‘isso’, isso tudo, é infinito no ínfimo, é para sempre no crescente fim do tempo. Não tem tamanho, não tem medida, deixa de ser necessário quantificar e qualificar.

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